1. A decisão

Março de 2015. Eu tinha 18 anos. Nesta idade, estava jogando torneios profissionais do nível Future pelo Brasil. Viajei com meu psicólogo, o Pe (Aparício Meneses) com quem eu trabalhava no momento. Meu pai, para o último torneio da gira resolveu sair do Rio e dirigir até São José dos Campos (onde seria a competição) já que ele sempre gostou de me acompanhar e assistir meus jogos.

 

Tinha acabado de perder nas quartas de finais, e meu pai como amante do tênis foi procurar o Pe para falar sobre o jogo (o que eu achava na hora). O país estava numa situação complicada. Meu pai estava preocupado em não ser mais capaz de sustentar o suporte necessário para me proporcionar a oportunidade de lutar para ser uma jogadora de tênis profissional. Horas depois, na volta do jantar meu pai não quis perder tempo: “Falei para o Pe da minha situação, está difícil Ingrid, ele me contou histórias de atletas universitários que já trabalhou, foram bem sucedidos e agora estão no circuito. Achei interessante e começei a pesquisar muito sobre essa oportunidade de você ir para lá. Da uma olhada no email que eu te mandei e vê o que você acha dessa idéia.” Não tive reação, apenas fiquei em silêncio, não sabia o que responder mais sabia que não queria falar com meu pai naquela hora, discordei.

 

Desde então, ir para os EUA estudar e jogar tênis nunca tinha sido uma opção. Eu e minha familia nunca tínhamos cogitado essa possibilidade, não tínhamos nenhum conhecimento sobre o tenis universitário. Eu queria seguir no circuito profissional.

 

E não é que aquele simples email que o meu pai me enviou abriu a minha cabeça. Passei o dia seguinte inteiro pensando sobre isso, abri vários sites que falavam sobre tenis universitário, em português mesmo porque meu inglês não era um dos melhores. Li algumas histórias de tenistas brasileiros que estavam lá, pesquisei as universidades, rankings e muitas outras coisas que eu nem sabia que existiam. Depois de inúmeras conversas com meus pais, decidimos: é a melhor opção neste momento.

 

“A vida te traz surpresas, então, não se espante com o sofrimento, ele ajuda a preencher seu livro e te traz ensinamentos no futuro.”

 

 

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